e dou por mim cheia de medo. confesso. há 14 dias fechados em casa tentamos abstrair-nos do mundo lá fora. brincamos às escondidas, pintamos os desenhos que a mãe imprimiu no trabalho assim que soube que ficaríamos em casa, fazemos bolos, contamos histórias, vemos desenhos animados com a manta sobre os pés e
tentamos que tudo dentro das quatro paredes pareça perfeito. abraço o meu filho mil vezes ao dia e encho-o de beijinhos. tento que ele seja a minha força. o pai sai para trabalhar e quando ele chega tenho um nó na garganta sem saber se com ele vem o inimigo invisível. a verdade é que mesmo com todos os cuidados é sempre pouco. abstraio-me das notícias e esqueço por instantes que lá fora está instalado o caos mas quando caio em cinco minutos de notícias volta a reinar o medo deste maldito vírus. tenho medo que alguém perto ou mesmo um de nós apanhe, medo de ir para um hospital e ficar sem ver o meu filho, medo que o governo decrete voltar à vida normal sem que isto tenha tudo fim, medo que reabram as escolas ainda com a presença deste maldito, medo do que será a vida depois deste pesadelo. medo, receio e angústia são os sentimentos que me toldam a mente. tenho saudades de ver os meus, saudades da vida normal antes desta pandemia, saudades de conduzir, saudades de levar o Santiago ao parque, saudades de o ver descer o escorrega, saudades de abraçar, saudades de ver o sol, saudades de jantar na casa da avó. ainda assim assusta-me ver quem não leva isto a sério e continua na sua vida assobiando para o lado. quando vamos voltar à nossa vida? quando vamos abraçar sem medo? quando vamos ter este pesadelo apenas na lembrança de tempos menos bons?
tentamos que tudo dentro das quatro paredes pareça perfeito. abraço o meu filho mil vezes ao dia e encho-o de beijinhos. tento que ele seja a minha força. o pai sai para trabalhar e quando ele chega tenho um nó na garganta sem saber se com ele vem o inimigo invisível. a verdade é que mesmo com todos os cuidados é sempre pouco. abstraio-me das notícias e esqueço por instantes que lá fora está instalado o caos mas quando caio em cinco minutos de notícias volta a reinar o medo deste maldito vírus. tenho medo que alguém perto ou mesmo um de nós apanhe, medo de ir para um hospital e ficar sem ver o meu filho, medo que o governo decrete voltar à vida normal sem que isto tenha tudo fim, medo que reabram as escolas ainda com a presença deste maldito, medo do que será a vida depois deste pesadelo. medo, receio e angústia são os sentimentos que me toldam a mente. tenho saudades de ver os meus, saudades da vida normal antes desta pandemia, saudades de conduzir, saudades de levar o Santiago ao parque, saudades de o ver descer o escorrega, saudades de abraçar, saudades de ver o sol, saudades de jantar na casa da avó. ainda assim assusta-me ver quem não leva isto a sério e continua na sua vida assobiando para o lado. quando vamos voltar à nossa vida? quando vamos abraçar sem medo? quando vamos ter este pesadelo apenas na lembrança de tempos menos bons?
É mesmo assustador, mas não podemos perder a esperança. Isto vai passar!
ResponderEliminarÉ natural que tenhas medo, acho que todos temos, porque não sabemos quando será o fim disto. Mas vamos tentando não desesperar, aguentar o teste para depois vivermos ainda com mais amor à vida. Força, estamos juntos!
ResponderEliminarquero muito que isto acabe. estou cansada de viver numa sociedade onde o medo fala mais falto.
ResponderEliminarquero tanto puder voltar à minha vida normal.
Tenho imenso medo :( enquanto houver tanta falta de noção, terei muito medo
ResponderEliminarAcho que todos nós temos medo, eu tenho principalmente nos dias em que necessito mesmo de sair de casa, aí é terrível. Mas vamos ter esperança de que vai passar, é só uma fase negativa, e tudo ficará bem num ápice.
ResponderEliminarÉ uma verdade! O medo assalta-nos... Resta a esperança que dias melhores virão.
ResponderEliminarCoragem!
Sandra C.
bluestrass.blogspot.com