Os dias, as horas e minutos

A minha menina já tem 10 meses. Pocha, tempo! Vai devagar. Abranda... Olho para ela e parece que não aproveitei nada. Cada segundo foi passado entre uma troca de fralda e/ou uma sesta. E ela cresceu. Cresceu tanto que já quase está a ir para a creche. E eu, como fico no coração apertado de mãe? Ela é linda. Cada abracinho apertadinho dela faz-me ir às nuvens e voltar em segundos. Cliché, eu sei. Mas é muito isto. Durante estes 10 meses (10 meses!!!!) só houve espaço para amar. Cada centímetro dela é um regozijo meu. Delicia-me. (Já disse que é linda?) Setembro está aí à porta e eu estou na ansiedade de a deixar. Sei que tenho de lhe dar asas. Eu sei. Mas custa muito. E se já vivi isto com o irmão mas... Dizem que custa sempre e a mim está a custar. Há 10 meses que não sou a C. Mulher, a C. Independente, a C. Profissional. Há 10 meses que sou a C. Mãe a tempo inteiro. Sinto falta de ser eu. Ter a minha rotina, as conversas fora de fraldas... E sei que tudo isso vai voltar mas isso significa que ela cresceu e já a deixei crescer e a partir daí, o tempo já não pára. É difícil ter todos os sentimentos envoltos numa montanha russa sem saber muito bem o que sentir mas ser mãe é muito isto. Amo-te muito minha pequena B.